Créditos: Dave Kotinsky / Getty Images

Instituto Alok e Pacto Global da ONU fazem um chamado pela urgência de reconhecer o protagonismo dos povos indígenas

O Instituto Alok e o Pacto Global da ONU no Brasil realizam em Nova York O Futuro é Ancestral, encontro que ocorrerá em 16 de setembro no prédio da Organização das Nações Unidas, em NY, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas.

No evento, empresas, instituições e especialistas irão compor um painel de diálogo sobre como a indústria do entretenimento pode contribuir para a ressignificação do imaginário sobre a identidade dos povos originários e sua importância para a co-criação de um futuro justo e sustentável, no contexto das soluções para a crise climática – um dos principais desafios do nosso tempo.

No painel, estão confirmadas as participações de jovens indígenas, ativistas, fotógrafos e cineastas ambientais, além de Carolina Pasquali, diretora executiva do Greenpeace Brasil e de Alok, DJ e fundador do Instituto que leva o seu nome e dedica recursos à diversas causas sociais no mundo.

Cris Bartis, co-fundadora da Plataforma Mamilos de Diálogo, será a mediadora da conversa. O evento tem apoio da BeFly, ecossistema de negócios focado em turismo.

No topo da agenda global

Na programação, o artista Alok gravará uma performance no rooftop do edifício da ONU, ao lado dos artistas indígenas Mapu Huni Kuî, Owerá MC e Grupo Yawanawa, que participam do álbum ‘O Futuro é Ancestral’, a ser lançado globalmente no próximo ano, com todo o lucro revertido para os artistas indígenas.

Levar a sabedoria ancestral da floresta ao mundo faz parte não apenas dos meus objetivos artísticos, mas dos meus princípios como cidadão.

Desde que tive contato com a cultura dos povos originários, entendi a importância da preservação e disseminação de seus conhecimentos e de desconstruirmos conceitos, crenças e narrativas que contaminam a visão que adultos e jovens do meu país, e de todo o mundo, têm sobre os indígenas. O futuro pode ser tecnológico e sustentável, mas para isso precisamos ouvir a voz da floresta e co-criar as soluções juntos com essas vozes”, diz Alok, artista e presidente do Instituto Alok.

O conteúdo será levado ao mundo, no intuito de evidenciar a urgência da promoção e defesa dos direitos dos povos indígenas de ocuparem múltiplos territórios na sociedade contemporânea.

O que a gente fez com Alok foi gravar a nossa música para passar de geração em geração, porque um dia isso seria preciso para compartilhar com os homens que não têm conhecimento do que é a floresta!” diz Rasu Yawanawa, um dos líderes indígenas que participa do álbum. “A natureza fala pra gente através dos pássaros, dos seres que vivem na floresta”, completa Mapu Huni Kuî, indígena que estará presente na performance em Nova York.

A ação é apoiada pelo Greenpeace, ONG que tem como uma de suas pautas a importância da presença dos povos indígenas em discussões pela proteção do clima e do meio ambiente: 

Os povos indígenas vêm vivendo em harmonia com a floresta há milhares de anos. Sua cultura e conhecimento ancestral são essenciais para a garantia de um planeta sustentável e justo para todos. Por isso, precisamos trabalhar juntos para garantir que os povos originários participem ativamente das discussões e das tomadas de decisão, tanto no âmbito nacional quanto no global”, ressalta Carolina Pasquali, Diretora Executiva do Greenpeace Brasil. 

Para mais informações sobre o Fundo Ancestrais do Futuro, acesse: www.institutoalok.org