Conheça Garden City Movement, dupla israelense que une Indie Dance, Jazz e Electro Pop através de seu novo álbum, “Never On Time”

“Never On Time” é uma daquelas raros achados. Do Indie Dance e Electro Pop ao Jazz, é um álbum complexo,  profundamente orgânico, e que sobretudo, escancara o fator humano.

Garden City Movement é uma dupla de Indie Pop Isralense formada pelos músicos Roy Avital e Johnny Sharoni, e que recentemente lançou seu segundo álbum de estúdio, “Never On Time”. 

Com 13 músicas, “Never On Time” aborda as complexidades da vida, nas palavras dos próprios autores. Ele surge de um misto de acontecimentos profundos na vida dos artistas, que foram canalizados em forma de música. 

Houve algum evento específico, pessoa ou momento que inspirou a produção deste novo álbum?

Garden City Movement: A inspiração para o nosso novo álbum está profundamente enraizada na experiência humana compartilhada. Desde a batalha de Johnny contra o câncer até os desafios coletivos impostos pela pandemia, nossa música é um reflexo das complexidades da vida.

Colocamos nossos corações neste álbum como uma forma de nos conectar com os outros, para transmitir que eles não estão sozinhos em suas lutas. Seja a ansiedade, o isolamento ou a marcha implacável do tempo, todos nós enfrentamos adversidades. Nossa esperança é que os ouvintes encontrem conforto e compreensão em nossa música.

Não coincidentemente, o álbum cheio de calor, surgiu como resposta a um dos momentos de maior distância física entre as pessoas. Essa complexidade de sentimentos fica evidente em cada uma das músicas. 

Explorando os mais inúmeros estilos musicais ao redor da fundação de Indie Dance, o álbum é rico em instrumentais, em texturas, e principalmente sentimento, e vida. 

Como foi o processo criativo para este álbum?

Garden City Movement: Criar nosso segundo álbum foi um processo meticuloso e exigente. Passamos inúmeras horas refinando a base musical, obsessivamente ajustando cada batida até que estivesse absolutamente perfeita. Nosso compromisso inabalável com a qualidade nos levou à difícil decisão de descartar um álbum quase completo e começar do zero. Foi um passo doloroso, mas necessário em nossa busca pela excelência artística.

O mergulho emocional na construção de cada uma das faixas é nítido. “I Haven’t Slept”, por exemplo, é contemplativa, mas ainda sim leve, com um ar nostálgico, com linhas de trompete emotivas, que remetem ao Jazz, além de atmosferas urbanas. 

“You’ve Lost The Feeling”, em contrapartida, surge como uma faixa dançante, noturna, algo entre o Indie Dance e uma Disco Music repaginada. É moderna, alegre e contagiante. 

Já “Tu ne reverras plus mes yeux” vai na contramão das anteriores. Trabalha tensão, curiosidade, intimismo, numa cadência mais lenta, crua, e emocionalmente mais densa, evidenciando a versatilidade do duo. 

Quais são as principais influências musicais e artísticas que moldam o som do Garden City Movement?

Garden City Movement: Nosso som é uma tapeçaria musical, tecida a partir de uma vida de exploração. Já exploramos de tudo, desde o jazz experimental do Art Ensemble of Chicago até o pop sonhador e sofisticado do Broadcast. Mas, em vez de simplesmente copiar o que amamos, somos obcecados por ultrapassar limites e criar algo totalmente novo. Nossa música é um reflexo do nosso DNA musical compartilhado, filtrado através de nossa própria lente idiossincrática.

“Never On Time” resulta de uma trajetória muito bem reconhecida construída pelo duo ao longo dos últimos anos, sendo fruto da evolução e do amadurecimento sonoro da dupla:

Como vocês veem a evolução do som do Garden City Movement desde o início da banda até este álbum?

Garden City Movement: Nosso som evoluiu significativamente desde nossos primeiros dias como uma banda de chillwave. O cenário da indústria musical mudou drasticamente, e abraçamos essa mudança. No entanto, isso também alimentou nosso desejo de criar algo verdadeiramente nosso, sem nos conformarmos com as tendências atuais.

Definitivamente o álbum leva o selo da aprovação Vibez! Vale a pena ouvir e acompanhar a dupla!

OUÇA “NEVER ON TIME”