O duo francês Chambord, formado por Tim e Pierre, vive um momento de expansão. Com novos lançamentos previstos e retorno ao Brasil no Mayan Warrior Rio de Janeiro, os artistas celebram uma trajetória marcada por amizade, paixão e autenticidade.
A história da dupla começou no último ano do colégio, quando ambos tinham 18 anos. Unidos pela paixão pela música eletrônica, tocaram juntos pela primeira vez na festa de formatura e, pouco tempo depois, já se apresentavam em festas de amigos. As viagens longas, os equipamentos alugados e as madrugadas de estrada se tornaram rotina antes mesmo de o projeto ganhar forma profissional.
O primeiro grande passo veio com uma residência em Paris, que consolidou a identidade do Chambord e deu início à carreira internacional. A base de tudo, destacam, sempre foi a conexão entre os dois — uma amizade que se mantém como essência do projeto.
Para Pierre, a música sempre esteve presente desde a infância, influenciado por um pai músico e por artistas como Michael Jackson, Quincy Jones, Nile Rodgers e os nomes da French Touch, como Daft Punk e Justice. Tim, por sua vez, se aproximou do eletrônico por meio do irmão, que trazia CDs de Ibiza, e encontrou inspiração em nomes como Marvin Gaye, Deadmau5 e David Dee.
Ao longo dos anos, o processo criativo evoluiu. Hoje, os dois produzem à distância. Um dos diferenciais do duo está no uso dos vocais, que muitas vezes são transformados em instrumentos para criar texturas únicas.
Agora somos pais e moramos em cidades diferentes, então trocamos arquivos e ideias à distância. Antes fazíamos tudo juntos, mas o essencial continua sendo deixar o fluxo guiar.” explica Tim.
Nos próximos meses, o Chambord lança uma série de novidades, incluindo uma versão de “Vogue”, de Madonna, além de remixes para a banda Nodes, de Hong Kong, e para o artista pop francês M, com o projeto Lamomali. Também está previsto um EP pela gravadora Kitsuné, reforçando a fase criativa intensa que o duo vive.
Além disso, a gravadora própria do duo, Around Midnight, também entra em um novo ciclo. Segundo Tim, a label prepara um EP de Raul Facio, uma coletânea no início de 2026 e novos lançamentos de artistas como o duo Wahm. Pierre acrescenta que eles já estão trabalhando no primeiro álbum do Chambord, projeto que promete marcar um novo capítulo na carreira.
Nas referências mais atuais, o duo cita tanto nomes consagrados como Mandrake, Frankey & Sandrino, Jimi Jules e Dixon, quanto novos talentos da cena, como Bengageo, Ary Sya e ForgiveMeTommy!.
A agenda internacional segue movimentada, com apresentações em destinos como Onda Linda (México), Gardens of Babylon (Amsterdã) e Gate (Paris). Mas é o Brasil que promete ser um dos pontos altos dessa nova fase.
O Brasil é um país extraordinário, com uma conexão muito forte com a música. Tocar no Mayan Warrior é um sonho realizado. Estamos muito animados para sentir a energia do público brasileiro e compartilhar o que temos preparado”, afirma Pierre.
Entre referências, laços e novos caminhos, Chambord segue consolidando uma trajetória marcada pela emoção e pela amizade — um projeto que cresce de forma constante, mas sempre fiel à essência que o originou.






