João Pedro Castro, conhecido na cena eletrônica como JP Castro, é natural de Recife, Pernambuco e sua história com o mundo da música está intimamente ligada à sua personalidade precoce: ele começou a produzir com apenas 11 anos de idade e aos 14 fez seu primeiro show para mais de 800 pessoas, vindo a tocar depois em grandes festivais, com público superior a 20 mil pessoas.
JP acaba de lançar seu primeiro EP, o ‘Deliberate’, já disponível em todas as plataformas de streaming pela gravadora DOC Records, distribuída pelo selo alemão, Kompakt e liderada pelo produtor musical brasileiro, Gui Boratto.
Questionado sobre suas principais referências para a construção do EP, JP é categórico e surpreende: “Minhas referências musicais são incontáveis, mas a partir de certo ponto, se você realmente quer fazer algo inédito e original, deve jogar tudo fora e ouvir a sua voz. Esse foi o caso do ‘Deliberate’.”
A DOC é conhecida pela curadoria criteriosa do selo: mais que estilo, arranjo ou produção, é a própria música e sua relação entre harmonia e melodia que deve ser priorizada e que vai totalmente de encontro com a forma com que JP constrói e divulga suas canções:
Sem categorias, o gênero que eu gosto é música boa. Faço uso de sintetizadores como uma das ferramentas para transmitir o sentimento que desejo passar nas músicas. Sem dúvidas, piano é o principal instrumento que utilizo na hora de compor, além do uso extensivo de sons gravados ao longo do meu dia, desde o estúdio até na rua, por exemplo, captados com microfone ou com o próprio celular, como texturas e ambiências que compõem a atmosfera das músicas.”
Além da importância de lançar pela DOC, me sinto muito honrado de ter meu primeiro EP com um suporte tão fod@ quanto do Gui Boratto, que é um artista que tanto me inspirou desde a infância, quando eu ainda tinha apenas 11 anos e já tocava o som dele no meu quarto, muito antes de o conhecer. Mais importante ainda é poder levar minha arte para o maior número de pessoas possível.”
Composto por duas faixas, ‘Tap Tempo’ e ‘Deliberate’, o EP possui uma sonoridade viajante que se assemelha a um Trance Europeu mais lento, gostoso de ouvir em casa, mas que fica ainda melhor em festa, preferencialmente ao nascer do sol.
Para JP Castro, “A história da música é a própria música que deve ser responsável por contar!”; mas para nós, leitores e ouvintes, é inevitável o desejo de resumir em palavras as percepções que as tracks nos causaram: autenticidade, profundidade e um desejo intenso de fechar os olhos e dançar.