Do House ao Techno, do Disco Music ao Indie Music, o repertório musical de Mau Maioli parece infinito, ainda mais ao escutarmos a criatividade do artista gaúcho em aplicar suas referências em um produções e sets coesos e bem produzidos.
Essa diversidade musical vem do berço, já que desde criança Mau se viu envolto pelos sons de Joy Division, Nirvana, Tears For Fears e LCD Soundsystem, além de ter um background na música clássica, quando fez aulas de piano.
Sua carreira na música começou oficialmente apenas em 2011, quando tinha 14, e aos 18 anos já estava produzindo. De lá para cá, ele não parou mais, e hoje impressiona multidões com suas habilidades, técnica e claro, repertório. Hoje, Mau Maioli tem uma carreira consolidada, com grandes lançamentos, que atingiram charts importantes da Beatport, além de passagens por gigs renomadas e residências em locais como Levels, Muinho Club, e sua própria festa, a Beat On Me.
Mau Maioli é um daqueles artistas cuja essência é impossível de definir, por isso, nada mais justo do que chamá-lo para uma conversa, aproveitando que seu novo álbum, Where Go, pela Levels Rec, está próximo de chegar. Confira:
Eletro Vibez: Olá, Mau! Tudo certo? Ficamos felizes em receber você para este bate-papo. Então, conta para a gente um pouco sobre a sua carreira, como foram os primeiros passos na música? Você começou bem cedo, aos 14 anos, como foi isso? Seus pais tiveram influência?
Mau Maioli: Oi, prazer em falar com vocês! Então, na realidade não. Meus pais nunca interfiram em nada, nem influenciaram a fazer algo. Comecei a discotecar em eventos da escola para ganhar pontos (literalmente). Sempre fui muito tímido e não gostava de participar de peças teatrais, então encontrei na música um caminho – o que é bastante contraditório, pois hoje estou nos palcos. Foi aí então que descobri esse universo e comecei a pesquisar sobre.
Conheci o Cris d. via Orkut, que era um dos DJs da minha cidade e foi com ele que aprendi a discotecar de verdade e que hoje seguimos juntos em diversos projetos, além de ser um grande amigo.
Eletro Vibez: A gente sabe que você sempre curtiu um bom Indie, Rock e outros gêneros musicais que, na verdade, foram o seu background na música antes da eletrônica. Como essas sonoridades te influenciam e inspiram como artista, principalmente voltado à cena do Dance Music?
Mau Maioli: Então, apesar de não ter uma família de músicos, meus pais ouviam muito Rock e Indie Rock. Eu acredito que depois de descobrir a música eletrônica e amadurecer dentro do meio, eu resgatei algo que já estava presente em mim.
Eu gosto da energia, da melancolia e dos timbres que existem nesses gêneros, e com isso eu acabo buscando muita inspiração para a minha música também.
Eletro Vibez: Seu repertório musical é bem grande e diverso, como podemos analisar. Como funciona o seu processo criativo? Com quais sonoridades você mais gosta de trabalhar em suas produções?
Mau Maioli: Bom, eu trabalho no estúdio há mais ou menos 7 anos e nesse período descobri e tentei encontrar muitos caminhos. Acredito que isso seja comum e nesse período de amadurecimento e descobrimento eu cheguei ao Indie Dance. O estilo é meu ponto de partida, mas através de suas nuances eu consigo trazer a minha personalidade.
Eletro Vibez: Das produções que você apresentou nesses anos de carreira, quais foram aquelas que você mais se identifica, tem apego e que acredita que te representa?
Mau Maioli: Bom, como comentei, eu testei muito ao longo desses anos. Existem músicas que realmente não me orgulho de lançar, mas eu entendo que foi parte de um processo e de um momento da minha vida. Porém, nesses últimos dois anos, eu tive muito orgulho do que lancei. “Scream Maker”, “Time To Dance”, “Backdoor”, “Lonely Game” e “Burnout” são músicas das quais eu guardo com muito carinho.
Eletro Vibez: E pra encerrar, fale sobre o álbum em geral, o que a gente pode esperar? O que você espera despertar no público com este lançamento?
Mau Maioli: Bom, além do lançamento de Lonely Game, Burnout e agora Process, o álbum conta também com participações de Lapax, Vasconcellos e traz um apanhado de referências, aprendizados e sentimentos que vivi ao longo dos 6 meses de criação desse trabalho.
Obrigado pelo espaço e pelo papo!
Where Go chega oficialmente no dia 11 de novembro, fique de olho.
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Por Nicolle Prado