Pensando em qual nome usar em seu novo projeto na música, o baiano Pugliesi resolveu apostar na opção mais autêntica possível: o seu sobrenome. Depois de investir no codinome “Firenor” e não se sentir tão identificado, nosso personagem desse #PremiereVibez usou a herança familiar para se fazer conhecer. E o resultado foi quase imediato.
Fã de Melodic Techno, Peaktime, Driving, Hard Techno, Deep Tech e Progressive House, Pugliesi se espelha em nomes como deadmau5, Eric Prydz, ANNA, Oliver Giacomotto, Oliver Huntermann, ARTBAT, Tale of Us, Marc DePulse, Betoko, Stan Kolev, Township Rebellion e Dexter Kane para construir sua sonoridade com muita referência e também com autonomia e ineditismo.
Eu comecei na cena eletrônica, de fato ano passado, quando fui convidado pela galera que hoje produz a Drop Music Brasil, para fazer o warm up da festa ‘Não Pare, Dance!’. Em uma casa de show daqui de Salvador, chamada Portela Café. Logo depois disso, tive a oportunidade de dividir palco com o próprio Dexter Kane, na festa ‘Genesis Underground’, que aconteceu na boate Amsterdam”, contou o DJ.
Sem dinheiro e condições de comparecer aos eventos, seu início foi bem complicado. Por conta disso, acabou ficando um pouco em desvantagem na cena, por que não conseguia sair para fazer seu networking, mas o fato de já ser conhecido na cena por suas produções o colocaram no mapa.
Fui chamado para me apresentar e a cada saída da “caverna”, algumas pessoas vinham até mim me elogiar pelo som e dizer que eram admiradores do meu trampo. Minhas produções passaram a receber suportes que nunca imaginei, como Richie Hawtin, Marco Carola, Paco Osuna e outra galera massa. Inclusive, tenho que agradecer aos meus amigos pessoais e DJs como a Kimehra, Sonorun, Alaelson e o Iago Belov por me fazerem sair mais da minha caverna”.
Tratando cada track como uma história, Pugliesi encara a produção musical como uma tarefa de levar sentimento e compartilhar experiências com seus ouvintes.
Acredito no poder que a música tem de transformar sensações e vidas, eu enxergo a música como meio de comunicação e quero me comunicar com o meu público. Eu comecei a produzir com 16 anos durante um período depressivo, onde pensava em fazer algumas coisas bem ruins. Se não fosse por ela, pela música, eu não estaria vivo hoje, a produção musical me salvou e continuar me salvando dia após dia”.
SOBRE O NOVO EP
Lançando seu EP “Lessons”, Pugliesi contou que ele foi diferente dos demais. Com uma produção mais lenta e caprichosa, ele detalhou que as tracks são reflexos dos momentos pelos quais ele passou durante o período de concepção do material.
No momento que eu produzir a ‘Conspiracy’, eu estava passando por um momento extremamente delicado com conspirações sobre mim. Essa fase se tornou um pesadelo que me fez mudar do local onde eu morava, mas aí veio a ideia de pegar um trecho de uma série que falava justamente sobre conspiração e transformar em uma track. Já na ‘Reality’, eu estava questionando a minha realidade e a realidade da minha família, aproveitei e fui, mais uma vez, samplear um vocal da mesma série e aí surgiu a track”.
Desejando que as pessoas se conectem com o que a música diz, com os vocais carregados de ciência, Pugliesi entende que o EP pode ajudar a entender melhor alguns problemas humanos como a incerteza e o medo.
Espero que as pessoas se sintam abertas a diversas sensações, de energia, força, determinação, alegria e reflexão. A minha maior vontade é que as minhas tracks toquem as pessoas, que além da vibração, pulsação e troca de frequências, espero que as pessoas se transformem ao longo da música, que se sintam livres, livres de conspirações e medo e mais conectadas com a sua própria realidade”.
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