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Na foto: Vicentini via divulgação

#VibezIndica: VICENTINI

Fernando Augusto, natural de Japira/PR, é o nome por trás do projeto VICENTINI, que vem chamando nossa atenção pelo som melódico, e aqui, no #VibezIndica, você vai conhecer mais sobre sua história, inspirações e novidades!

O que te influenciou a entrar no universo da música eletrônica? 

VICENTINI: Comecei a ouvir música eletrônica com cerca de 14 anos. Nessa época, lembro que ouvia bastante músicas e gostava de prestar atenção em seus detalhes, assim como imaginar novos elementos que poderiam encaixar nelas. Logo em seguida, descobri os sets, ficando curioso para saber como eram feitos. Com 16 anos, enquanto estudava para o vestibular, comecei a criar sets por hobby, lançando-os no Youtube. 

Mesmo sendo sets amadores, conseguia um número bom de plays (até hoje não entendo como, mas um dos sets atingiu 360k plays rsrs), e isso gerou um interesse grande em entrar cada vez mais no universo da música eletrônica, de modo que, em 2013, com 17 anos, iniciei um curso de DJ. 

Você fez algum curso para aprender a produzir ou foi na base da força de vontade, com tutoriais de Youtube e dicas de amigos? 

VICENTINI: Um pouco de cada. Minhas bases fundamentais vieram de um curso presencial e de outro curso online. Entretanto, para evoluir e atingir um nível mais profissional na produção, o estudo deve ser constante, de modo que sempre realizei cursos online, vi diversos tutoriais, peguei dicas de amigos, o que faço até hoje. Resumindo, recomendo que a aprendizagem seja uma soma de cursos com a força de vontade, de modo que devemos procurar por conteúdo em diversos locais e nunca parar de estudar. 

Como e quando surgiu? 

VICENTINI: Antes do projeto Vicentini, eu tocava pelo projeto Victor Oliver & Vicentini (ou VOV), o que foi fundamental para minha evolução artística. Infelizmente, o VOV acabou no final de 2018, visto que o Victor resolveu seguir outra carreira. 

Dali em diante, passei a planejar o projeto solo, o qual estreei em Abril de 2019, com um remix para a Hey Now (original do London Grammar), que fiz com meu parceiro Antdot. Como já tinha certo reconhecimento como Vicentini (todos os amigos e conhecidos já me conheciam e me chamavam assim), mantive o nome, facilitando os primeiros passos do novo projeto. 

Uma curiosidade é que Vicentini não é meu nome/sobrenome. O nome provém do primeiro sobrenome da minha família paterna. No caso, a ideia de utilizar este nome veio do meu tio, que assina suas pinturas e obras como Ari Vicentini (aliás, recomendo, admiro muito o seu trabalho). Por sorte, eles não se importaram em me “emprestar” o nome da família rsrsrs. 

Referências musicais e artistas que te inspiram? 

VICENTINI: Eu gosto de ouvir diversos estilos musicais, procurando referências fora da música eletrônica também. Assim, curto ouvir Rock, música clássica, rap, entre outros estilos. 

Dentro da música eletrônica, artistas como Calvin Harris, Alok, Vintage Culture, Armin Van Buuren, Peggy Gou, Honey Dijon, Ben Böhmer, Bob Moses, Gui Boratto, Cassian e Township Rebellion provavelmente são os que mais me inspiram, cada um com suas peculiaridades, seja pela música, seja pela parte artística/imagem. 

Fora da música eletrônica, gosto muito e me inspiro em artistas/bandas como Hans Zimmer, Pink Floyd, Led Zeppelin, Rammstein e Eminem, entre outros diversos. Admiro artistas que criam algo fora do padrão e/ou revolucionam em seus estilos. 

Como você definiria o som que você produz? 

VICENTINI: Existem duas linhas que curto trabalhar em minhas músicas: o Melodic House e o House. Assim, acredito que o som que produzo é uma mistura dos dois estilos. Entretanto, não gosto de me prender em padrões, em cada música procuro criar algo diferente, vou atrás de referências diversas, tentando transmitir novas sensações. 

Como funciona seu processo criativo? 

VICENTINI: Varia muito, mas ultimamente obtive os meus melhores resultados trabalhando pela parte da manhã. Gosto de acordar cedo, ler, meditar, tomar um bom café da manhã, assistir algumas vídeo aulas e dar início à produção. 

Cada dia de produção coloco uma meta, de modo que divido meu processo em etapas. Por exemplo, muitas vezes fico a manhã inteira trabalhando em ambiências, efeitos diversos; outros dias dedico inteiramente a mix, e assim por diante. 

Um fator que me ajudou muito, foi dar aulas de produção musical. Como tenho alunos de diferentes estilos musicais, consequentemente estudei estilos diversos e, no meu processo criativo, trago este conhecimento adquirido para ajudar na minha criatividade. 

Qual o seu setup de produção? 

VICENTINI: O DAW que utilizo é o Ableton Live. Gosto muito dele pela dinâmica e facilidade de evoluir o seu workflow. 

Para criar meus timbres, utilizo predominantemente o Serum, mas também gosto muito do Mini V (Arturia) e do Diva (U-He). Entretanto, isso pode variar de produção para produção. 

Já para mix, gosto muito dos plug-ins da FabFilter, da Soundtoys e da Native Instruments. 

Durante seu set, é possível ouvir quais tipos de músicas? 

VICENTINI: Para cada set, estudo o local de apresentação e procuro criar algo que seja adaptado ao meu estilo musical e ao público local. Acredito que é um dos papéis do DJ entender o público e se adaptar a ele, mas, ao mesmo tempo, não deve fugir de sua identidade. 

Assim, dependendo do set, eu vario entre músicas do Melodic House e House. Em alguns casos, também toco algumas músicas do Tech House e Melodic Techno. 

Cite algo que você ama/admira na música eletrônica: 

VICENTINI: A energia que a música eletrônica transmite é diferente. Admiro como os fãs do estilo sentem a música e criam uma união entre si. 

Amo como consigo me expressar pela música eletrônica, seja produzindo, seja tocando, de modo que a música se torna também uma terapia para mim. 

Indique suas duas produções favoritas: 

VICENTINI: As duas produções autorais onde mais gostei de trabalhar foram a On My Own, com o Antdot, e o remix da Cheating (original do John Newman), com o Meca. 

Quais são outros 3 artistas brasileiros que se assemelham ao seu estilo de produção e a galera precisa ficar de olho? 

VICENTINI: Admiro muito o trabalho do Antdot, Meca e Öwnboss. Além de serem extremamente profissionais e cada um possuir uma identidade própria, são muito parceiros e estão ajudando a cena a evoluir. 

Tem alguma novidade extra ou algo que o público deva saber de você?

VICENTINI: Este ano terei bastante lançamentos. Passei os primeiros meses me aperfeiçoando e evoluindo minha identidade. Acredito que, nestes primeiros meses, cheguei aos melhores resultados de produção da carreira. Assim, estou ansioso para trazer ao público tudo isso.

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