Para que servem as vertentes da música eletrônica? Antes de mais nada, precisamos entender que uma vertente tem quase a mesma função de um rótulo, ou seja, tem a missão de informar dados relevantes sobre o produto, neste caso, sobre músicas.
Assim como no Pop ou no Rock, a música eletrônica, derivada da Disco Music dos 70, foi sendo apropriada por muitos, ganhando diversos estilos e sendo produzida de diferentes formas.
Primeiro veio o House, lá em Chicago, depois o Euro Disco, na Europa, daí veio o Techno lá em Detroit, nos Estados Unidos. Aí surgiu o Trance lá em Israel, o Hardstyle na Austrália, o Trap e o Dubstep nos Estados Unidos, e não parou mais!
Com o surgimento das vertentes bases, como o House, Techno e Trance, vieram outras ramificações, denominadas como subvertentes, utilizando dos mesmos elementos de uma vertente, mas com uma ou outra característica diferente.
Tudo isso serve pra quê? Para identificar o estilo da música, nortear os ouvintes e informar um pouco da sua história. Sim, história.
Historicamente as músicas vinham com um contexto, com uma influência, com uma mensagem ou melodia, sendo assim, rotulada com uma vertente ou subvertente para fazer sentido aos que acompanham determinado artista.
Atrelado à esse conceito de rótulos, a necessidade de inovar, de criar coisas diferentes, vem fazendo com que muitos DJs se desapeguem dos rótulos, mas sem perder as verdadeiras raízes.
Imagine: Um mesmo artista pode criar músicas mais melódicas, outra hora algo mais progressivo, outra hora com BPMs nas alturas e por aí vai. Pode fazer isso tudo dentro de uma vertente, mesclando com elementos de suas subvertentes.
Se não ficou claro, vamos aos exemplos: Kaskade é produtor de House, e ele mistura elementos de Electro House, às vezes de Deep House, passando pelo Progressive House indo até o Tech House em algumas tracks!
Kaskade com vibez mais de Electro House:
Kaskade com um pouco de Future House:
Kaskade puxando para o Tech House:
Kaskade progressivo:
Kaskade segue passeando pelas linhas da Dance Music e mesclando com elementos da House Music, viu? Outro que faz isso bastante, é o mestre David Guetta!
Outra situação, que já é bem comum entre grandes artistas, é criar um projeto paralelo e ousar por outras vertentes, e aqui tem vários exemplos de artistas que fazem isso, para não misturar as vertentes e criarem com mais liberdade!
A verdade é que, com a democratização da produção de música eletrônica e o alto número de produtores espalhados por aí, a sede por fazer algo diferente na cena vem resultando não só no desapego dos rótulos, mas também como em novos termos para coisas velhas.
O famoso R.I.P Genres vem tomando força, dando liberdade criativa aos DJs. Um mesmo DJ passeia por Techno e House com maestria e isso tudo só chega a uma única conclusão: o universo na música eletrônica é vasto, tem de tudo e para todos. Se o seu artista favorito não se prende a um único estilo, siga as vibez e se aventure a ouvir sons diferentes!